Sim, nós vamos pagar a conta. Aliás, a partir de hoje, já estamos pagando!
Prezados leitores e clientes, bom dia!
Nesta primeira manhã com alíquota de IOF nova para operações de câmbio em espécie (subiu de 0.38% para 1.1%), temos bastante a lamentar sobre tal atitude adotada pelo governo. Por dois motivos. O primeiro é bastante manjado, mas não menos importante: o brasileiro já paga uma carga tributária elevadíssima, uma das maiores do mundo, sem praticamente nenhum retorno. Segundo: está claro para os contribuintes e, principalmente, para o setor de câmbio, que a medida de reajustar o Bolsa Família foi populista. Porque: a união está quebrada, sem dinheiro algum para ampliar ou reajustar programas sociais, mas, ainda assim, em uma atitude desesperada e irresponsável por aumento de aprovação, anuncia no Dia do Trabalho "um pacote de bondades", que, segundo Dilma Rousseff, será possível agora que seu governo está conseguindo organizar as finanças para tanto. Negativo! É mentira.
No dia seguinte ao anúncio em palanque onde foi ovacionada pelos seus simpatizantes, a (quase ex) presidente publica e decreta de forma extremamente discreta no Diário Oficial da União o aumento do IOF - imposto sobre operações financeiras - sobre câmbio em espécie de 0.38% para 1.1%. Coincidência? Claro que não! É praticamente uma política "Robin Hood", em uma tentativa de "tirar dinheiro dos ricos para dar aos pobres". Não foi desta maneira que transpareceu a quem assistiu Dilma no domingo, mas hoje e após assessores da Receita Federal admitirem, é ÓBVIO que deste aumento de alíquota sairá o dinheiro necessário para os beneficiários do Bolsa Família. Ninguém aqui está falando que pessoas vivendo próximos da miséria não mereçam reajuste de seus recebimentos. Mas não há como fabricar dinheiro, exceto imprimindo mais dinheiro - não duvidem que ocorra em breve -, medida que faz disparar a inflação.
É lamentável ver um governo moribundo tomando atitudes como esta, sem medir qualquer consequência. Pensam, com ela, estar apenas fazendo um "pequeno ajuste". Tira de um lugar, coloca em outro. Pensam que, desta maneira, vão tirar de quem mais tem para dar a quem mais precisa. Mas não medem as consequências! Isto prejudica não só o passageiro que viaja a lazer, mas o que viaja a trabalho. Traz ainda mais custos para as empresas que mandam seus executivos ao exterior, reduz ainda mais a - já prejudicada - margem de lucro dos empresários, traz menos venda para agências de turismo, que com câmbio mais caro, afasta clientes com as contas no limite. Resultado: mais empresas demitem, traz ainda mais desemprego. Podem estar certos que esta é a consequência. E tudo isto com qual propósito? Manter o eleitorado. As políticas econômicas atuais se baseiam praticamente nisto: como continuar no poder.
Mas nosso trabalho segue forte, convicto, honesto. Seguimos, isto está claro, sustentando não só os mais pobres, mas o próprio governo. Esperamos, contudo, que esta situação caótica e sem previsibilidade alguma para empreender acabe logo. Seja pela troca de governo, seja em 2018, mas que um dia aconteça.
O Brasil e os empresários, empregadores e pagadores de impostos, não podem mais esperar. Precisamos de uma nação mais livre e justa.
Att,
Gustavo Candiota
Diretor