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Foto do escritorGustavo Candiota

Por que Michel Temer não derrubou o Dólar?


Esta é a pergunta que muitos passageiros com iminentes - ou distantes - viagens ao exterior estão se fazendo neste momento. A expectativa com o afastamento da (ex) presidente Dilma Rousseff era grande. Alguns achavam que o câmbio entraria em queda livre após este histórico episódio. Mas não. Desde o dia 11 de maio as principais moedas estrangeiras entraram em tendência de alta, pelo menos de curto prazo.

Por que isto aconteceu?

Muitos fatores somados resultam na taxa do dólar comercial no Brasil. Além de adotar o modelo de câmbio flutuante, nossa economia - e moeda - está muito sensível. Uma soma de diversos fatores, além de especulação, fatos, boatos, intervenções do Banco Central, etc alteram tudo. Mas pensando exclusivamente no reflexo da crise política brasileira, o que provavelmente aconteceu esta dentro de nossas análises, reforçadas repetidamente aos clientes que contratam nossa assessoria: o fim - ou pelo menos suspensão - do mandato de Dilma já estava precificado pelo mercado. 15% de queda em 2 meses foi a antecipação do possível impeachment, confirmado no início deste mês. Mas o alívio foi momentâneo. Para novas quedas, talvez sejam necessários fatores muito mais relevantes e menos especulativos. Ex: melhora de índices econômicos, manutenção ou redução da taxa de juros americanos, melhora no rating soberano (difícil), e intervenções específicas do Banco Central. Sem isto, continuaremos pensando e ouvindo a já famosa frase "que saudade da época do dólar a 2 reais". Acredite: esta saudade vai aumentar cada vez mais.

Exceto se um anjo de luz, num milagre divino, resolver os problemas brasileiros ou se as profecias de alguns "profetas do câmbio" se confirmarem, dificilmente ficaremos com solidez abaixo dos R$ 3.50. O Real precisa de muito mais do que especulações de mercado e troca de governos para voltar a ser uma moeda forte.

Mesmo que Michel Temer faça um bom governo temporário, serão necessárias medidas duras para retomar o crescimento do país, e apenas com forte crescimento somado com notícias positivas do exterior, o dólar voltará a cair. No meio de tudo isso, estão os exportadores, torcendo pelo contrário. Eles precisam de nossa moeda desvalorizada para ficarem mais competitivos. E o Banco Central sabe disso, por isso realiza intervenções. Sem elas, fica ainda mais difícil dar qualquer previsibilidade ao setor.

O que podemos colocar como unanimidade neste momento é: precisamos de estabilidade. Crescimento + estabilidade. O resultado desta formula é notícia positiva para todos os setores e pessoas. Esta é nossa opinião.

Para assessoria mais detalhada sobre o atual momento e análises sobre o câmbio, peça uma cotação (hora) ou associe-se ao GC Prime Club.

Att,

Gustavo Candiota

Diretor GC Prime

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