Foi só sair uma pesquisa com Donald Trump na frente de Hillary Clinton na corrida à Casa Branca para o câmbio disparar no Brasil. Quais os motivos?
Na nossa opinião, são duas as principais justificativas: 1) a incerteza geral com o candidato republicado e 2) a certeza de que Trump irá priorizar o mercado interno americano.
Esclarecendo:
A palavra "incerteza" está tomando conta dos artigos de analistas quando falam de Trump, pois este não deixa claro como conduzirá a maior economia do mundo, já que diversas vezes o discurso foi mudado. O que fica claro é que será de maneira radical. Seja com imigrantes, política externa, economia, saúde, defesa, meio ambiente e muitos outros assuntos. Com um mercado globalizado tomado de incertezas, caso a eleição do republicado se confirme, a tendência é que os investidores protejam-se na moeda mais segura do mundo, o dólar. Este movimento elevaria o câmbio, principalmente em países emergentes.
Se Trump for eleito e priorizar o mercado interno americano, muitos países aliados podem ser prejudicados no que tange as exportações para a economia dos EUA. O candidato já falou repetidas vezes que quer ver a economia interna se retro-alimentar mais do que nunca, de forma exagerada dá a entender que "não quer depender de ninguém".
Em resumo, muitos economistas e investidores temem que uma possível postura "anti-mercado" seja adotada pelo bilionário norte-americano. Atualmente dezenas de economias pelo mundo dependem dos EUA. Algumas ou muitas relações comerciais poderiam ser prejudicadas. Por isto, a aversão a esse candidato é muito grande. A instabilidade de Trump, principalmente atuando no cargo político mais importante do mundo daqui em diante, amedronta todos os mercados. Qualquer decisão unilateral dele mal adotada ou comentário inoportuno pode fazer a comunidade financeira amargar grandes prejuízos.
As eleições, embora já estejam acontecendo em alguns colégios, tem data oficial de 8 de novembro.
Att
Gustavo Candiota
Diretor GC Prime Câmbio Inteligente
