É o termo do momento. Quase todas as mídias, online e offline, que cobrem notícias econômicas, estão falando. Mas o que significa e porque este "efeito" pode ser prejudicial ao Brasil no curto e médio prazos?
No nosso entendimento, todo o trabalho que o magnata americano está fazendo para proteger a economia dos EUA, ou seja, colocá-la em primeiro lugar, é um "efeito Trump". Lembram do seu segundo lema nas eleições? O primeiro era "Make America Great Again". A maioria sabe. Mas e o outro e não menos importante era: "America first". Como Trump dá mostras que está disposto a cumprir todas as promessas de campanha, os países emergentes correm riscos. graves.
Mas e onde o Brasil se encaixa nessa história? Ou melhor, onde se desencaixa?
No momento em que Trump decide pelo forte protecionismo, que começou agora pela sobretaxa ao aço e alumínio importados. Nós somos o segundo maior exportador dessa commodity para os Estados Unidos. O impacto, se nenhuma tentativa de negociação for feita, será enorme. Outro motivo de preocupação, não de hoje, mas de poucas semanas atrás, que deve também receber atenção: o grande corte de impostos que foi aprovado pelo congresso. Esta medida está gerando um volume de repatriação de recursos colossal de volta para lá. Dinheiro que estava antes onde? Nos países emergentes. Dólares tirados daqui e remetidos pra lá geram o que? Desvalorização do câmbio (Real x Dólar).
Além disso, temos um outro fator, mais especulativo do que prático, mas que também pode movimentar os mercados: os discursos militaristas de Trump. Cada vez que um tweet seu é publicado na rede social, os investidores podem mudar suas avaliações sobre as perspectivas mundiais e com isso mudar a direção ou até a tendência de ativos. Estamos num mundo globalizado e conectado. Tudo em tempo real. Isso faz com quem o mais singelo comportamento possa causar um efeito borboleta surpreendente.
Att
Gustavo Candiota
Diretor GC Prime Câmbio Inteligente