Primeiro explicaremos para que serve o indicador. Depois falaremos dos possíveis impactos no preço do dólar aqui no Brasil, para o médio prazo. Vale lembrar: quando falamos "bom para o câmbio", nos referimos aos viajantes internacionais e para evitar inflação doméstica. Sempre importante destacar que dólar depreciado é ruim para o setor exportador e para a balança comercial.
Vamos lá...
O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, espécie de termômetro do risco de investir em um país sem tomar calote, era negociado ontem em 128 pontos para o Brasil, menor patamar desde setembro de 2014, quando ainda constávamos entre o seleto grupo que detinha o "Grau de Investimento" pelas agências internacionais de rating. Bons tempos aqueles! Mas quem sabe não estejam voltando em breve?
Além do avanço na votação da Nova Previdência, contribuiu para a redução do risco-país o cenário de um mercado internacional mais calmo, com perspectiva de queda nos juros soberanos dos EUA, o que ajuda os países emergentes. De que forma nos favorece? Mais capital pode voltar para investimentos. Grande enxurrada de dólar aqui melhora o câmbio. Real se fortalece / dólar cai. Simples assim. Clima um pouco mais ameno na guerra comercial EUA x China também ajuda, apesar de algumas declarações de Trump no twitter (já estamos acostumados).
É fato que o momento é favorável para o "apetite por risco": grandes players interessados em investir em locais com mais chance de alto retorno. Se vai durar, não sabemos. Mas por enquanto a economia doméstica e internacional parecem estar enfrentando bons ventos, quase uma brisa de primavera. Se a tempestade vai voltar? O tempo dirá. Aproveite enquanto o clima está ameno, ou melhor, previsível, e tome suas decisões.
Tenham todos uma ótima semana.
Att
Gustavo Candiota
Diretor GC Prime Câmbio Inteligente