Bom Dia,
Ontem praticamente não tivemos mercado de dólar. Em função do feriado em SP, a moeda operou estável à R$ 4,1965; no exterior, porém, observou-se um movimento de valorização da divisa norte-americana e queda dos ativos em geral. Foi outro dia de contradições na questão da disputa comercial EUA e China, embora hoje tenhamos notícias de que a China teria convidado os EUA para um nova rodada presencial de negociações...
E vamos voltar a analisar as declarações do presidente do Banco Central: ele enfatizou que grande parte do movimento de alta do dólar não está sendo para hedge, mas compra de empresas para remessas: “o importante é observar como o câmbio alimenta o canal da inflação”, afirmou Campos Neto, “caso o dólar afetar as expectativas, teremos de agir, mas com juros, não com intervenção no câmbio”. “O juro é usado por política monetária, o câmbio é flutuante”. Ele inclusive afirmou que foi mal interpretado na terça-feira, quando todos entenderam que o Bacen poderia intervir no câmbio se o dólar começasse a afetar as expectativas inflacionárias. Ficou claro, então, que a atuação, caso ocorra, se dará via política monetária...
Falando em Bacen, hoje voltaremos a ter leilão de dólares, onde serão ofertados US$ 785 milhões (lembrem que a ração diária era de USD 600 milhões. Mas como nos últimos dois dias não teve leilão, ficou um pouco acumulado para hoje). Por aqui ainda teremos o Caged (vagas de trabalho). Lá fora saem dados de confiança do consumidor, antecedentes da indústria, pedidos de auxílio-desemprego, vendas de moradias, sondagem industrial (Filadélfia), tudo nos EUA.
O mercado hoje opera no negativo: as bolsas asiáticas já fecharam no vermelho e as europeias e os futuros de NY apontam na mesma direção. As commodities também caem. Por outro lado, as moedas EM sobem frente ao dólar. Por aqui é volta de feriado, o mercado pode sofrer alguma correção...
Uma Boa Quinta-feira a Todos!
Ney Martini
Formado em Adm. de Empresas pela UFRGS
35 anos de experiência em mercado Forex
Mais de 10 anos de atuação no Citibank como Treasury Trader
e outras passagens por grandes bancos e corretoras, responsável
pelas operações de câmbio e derivativos
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