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Foto do escritorGustavo Candiota

Dólar em queda de curto prazo. Até quando?

Atualizado: 13 de dez. de 2019


Leitores com viagem internacional confirmada estavam apreensivos, desesperados, fazendo promessas por alguns dias de queda no dólar. E o alívio veio. Nos últimos 15 dias a divisa norte-americana já caiu 13 centavos, ou -3.3%. Uma redução que não parece grande, mas conforme a quantia de moeda desejada é sim. Principalmente para investidores internacionais que transacionam volumes de 5 ou 6 dígitos.

Exemplo: Se eu estava por fazer uma remessa internacional de U$ 100.000,00 aos EUA, com 13 centavos de diferença economizo R$ 15.000,00 (quinze mil reais!). Mesmo pensando em câmbio turismo, pegando o ticket médio dos passageiros, há uma economia. Exemplo: 0.13 x U$ 2000 = R$ 260 (duzentos e sessenta reais). É dinheiro!

Comportamento do preço do dólar ante ao Real nos últimos 30 dias

Mas... como o ser humano nunca está satisfeito...

Os "vou esperar pra ver se cai mais" de hoje são os "está muito caro, só vou comprar quando cair um pouquinho" de ontem (ou mês passado, melhor dizendo). Ou seja, a queda veio, mas as pessoas querem mais queda. Algo normal, mas errado. Basicamente, nunca estamos satisfeitos, pois atualmente há aquela saudade "do dólar no patamar dos R$ 3. Naquele tempo (dos R$ 3), muitos clientes diziam sentir "saudade dos bons tempos do dólar a R$ 2", época em que era comum dizer "como era bom o câmbio 1 pra 1".

Donald Trump e o dólar comercial

Aceite a realidade. O dólar está caro, mas não tanto quanto parece, se pensarmos na taxa nominal (leia post do dia 26/11/2019) . Então se alguma queda aconteceu e seu embarque se aproxima, COMPRE. Especule menos, viva mais! Saia do mundo dos orixás, búzios, despachos... e volte para o das decisões! Você não vai se arrepender. Lembre-se: se analisamos o gráfico de longo prazo, o dólar segue em clara tendência de alta, há anos!

Pode cair um pouco mais? Sim, existe essa chance. Mas acreditamos que não muito abaixo dos R$ 4.10, faixa onde o preço deve sentir "repique" (bate e volta), exceto se o acordo comercial EUA x China finalmente for concretizado de uma vez por todas. Algo difícil de acontecer levando em conta o temperamento de Donald Trump e seu Twitter infernal, que deixa investidores do mundo todo de cabelo em pé.

Gustavo Candiota

Formado em Administração de Empresas pela PUCRS

Diretor da GC Prime Câmbio Inteligente

Executivo do mercado financeiro e assessor de câmbio

Certificado AAI Ancord em 2010 e PQO Bovespa em 2012

CE Intr. Wall Street no New York Institute of Finance

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