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Foto do escritorGustavo Candiota

Biden eleito. Mercado otimista. Qual a explicação?

Atualizado: 4 de fev. de 2021

Afirmamos em nosso podcast que o efeito "onda azul" poderia acontecer nos EUA, ainda que as chances fossem pequenas. O resultado disso poderia ser ruim na visão dos mercados, que teriam pouca esperança na recuperação econômica dos EUA com democratas na presidência, e em maioria na câmara e no senado.


Mas... investidores estão otimistas, bolsas recuperando pontuação quase a níveis pré-pandemia, e dólar em queda. Qual a explicação?



De forma objetiva, acreditamos em 3 motivos:

  1. Os players seguem confiantes de que os democratas não conseguirão maioria no senado, e isso muda totalmente o cenário. Sim, acredite, 7 dias depois ainda não está definido. Mas está quase. E republicanos em maior número nesta casa conseguem "controlar" Joe Biden. Foi assim no segundo mandato de Barack Obama.

  2. Boas notícias sobre vacina da covid19. A Pfizer anunciou 90% de eficiência nos testes da fase 3, sendo que os governos já cogitavam aprovar vacina com pelo menos 50%. Então temos algo a comemorar, e muito.

  3. Ao que tudo indica, muitos investidores resolveram "move on", ou seja, seguir a vida e pensar positivo. Virar a página, pensar no lado bom. Acreditam que uma eventual pacificação do país possa ajudar a economia e o futuro. Por uma análise superficial e especulativa, há confiança de que Biden botará fim à guerra comercial travada com a China, a qual Trump iniciou e não tinha data para terminar.


Resumindo, talvez estejamos entrando em um momento "Never bet against America" (nunca aposte contra os EUA). Um rali de mercado que vai trazer um ciclo próspero, mesmo que no campo especulativo por enquanto, não podemos esquecer disso. Siga com alguma cautela se você tem apetite por risco.


O futuro mais distante ainda é incerto, inclusive nas relações com o Brasil. Mas por enquanto apostamos que o dólar deve devolver ganhos por algum tempo, principalmente se seguirmos com boas notícias sobre o Coronavírus, sem esquecer que a doença voltou a aterrorizar a Europa e temos recorde de casos diários nos EUA. (Mais cautela aqui!)


Por fim, um lembrete: o Real foi a moeda que mais de desvalorizou no mundo, durante a pandemia. Temos grandes players desfazendo posições e isso pode alterar o câmbio significativamente. Veja no gráfico abaixo a queda do preço do dólar desde 03/nov, dia da eleição americana. O preço em destaque (5.375) é a taxa no momento em que este post foi escrito (10/11 as 09:40h).


Fique atento! Realize preço médio após dias de queda brusca. Recomendado! Ainda não estamos navegando em mares calmos. Muitas surpresas podem acontecer. Trump não reconheceu a derrota. Podemos ter volatilidade pela frente se a eleição americana for judicializada.



Gustavo Candiota

Formado em Administração de Empresas pela PUCRS

Diretor da GC Prime Câmbio Inteligente

Executivo do mercado financeiro e assessor de câmbio

Certificado AAI Ancord em 2010 e PQO Bovespa em 2012

CE Intr. Wall Street no New York Institute of Finance e Criador do Blog do Câmbio



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